7 de setembro - Independência ou Morte?

Não tem desfile, não tem demonstrações de amor à pátria e para muitos trabalhadores não tem nem folga. No país das verdes matas, das imensas reservas de petróleo e água potável, do povo bonito e alegre, não tem festa. Hoje paira uma melancolia quase desagradável, uma certa angústia diante da impotência de um país que exalta políticos corrutos, que mantém no poder presidiários condenados e cujo povo quando se move é como massa de manobra - e nem se dá conta disso. E é assim, desde o tempo do Império quando chegaram os degredados, perdoados por seus crimes, os imperialistas que dividiram nosso país em capitanias hereditárias que até hoje ainda passam de coronel para coronel sob o julgo da força e da maldade. A justiça que se ergue não tem clava forte e seus filhos fugiram mesmo à luta. Estão em casa diante da imensa tela quadriculada que hipnotiza e entorpece. Hoje de manhã pelas ruas não havia nenhuma manifestação, faixas de protestos, nem bandeiras nas sacadas... É, acho que não há muito o que se comemorar mesmo. Tantas passeatas, declarações indignadas nas redes sociais, protestos coletivos e individuais que não levaram a nada. Lá estão eles: mensaleiros condenados como verdadeiros impávidos colossos que ninguém consegue atingir. Enquanto a Pátria Amada repousa em berço esplêndido pois é mãe gentil e tudo perdoa, tudo releva e tudo esquece, agonizam em teu solo fértil a ordem e o progresso. Parabéns Brasil.

ROSI RODRIGUES

7 de Setembro de 2013