De doença a tabu. De assunto proibido para trama da novela das oito. A orientação sexual do ser humano e as questões acerca dela permeiam a cultura e o imaginário das pessoas ao longo da história e chega aos dias atuais como parte de uma revolução do comportamento e da estrutura familiar.
No dia 5 de junho de 2011 uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) deua casais homossexuais o status de entidade familiar, com os mesmos direitos e deveres que já tinham os casais formados por um homem e uma mulher,como pensão, herança, regulamentação da comunhão de bens e previdência. A decisão também deve facilitar a adoção de crianças por duas pessoas do mesmo sexo.
A conquista no STF beneficia cerca de 20 milhões de pessoas – estimativa da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLBT).
Um direito que não foi estendido aos casais do mesmo sexo pela corte é o do casamento. O casamento exige registro civil e, ás vezes envolve uma aprovação religiosa, se assim decide o casal. Há toda uma formalidade que não existe na união estável. Contudo, entidades de defesa dos direitos dos homossexuais já trabalham para que esta situação também seja revertida.
A chegada de novos direitos não extinguiu o preconceito arraigado por gerações e a sociedade se vê diante de rápidas mudanças de comportamento e atitude e da necessidade de se adaptar a elas.
Pouco mais de um mês depois da decisão do Supremo, o assunto gera polêmica e controversa, especialmente entre pais, educadores, religiosos e também entre os jovens e os próprios homossexuais. A mídia, especialmente a televisão, vem dando bastante destaque ao tema, que se tornou até trama de novela, abrindo um leque de possibilidades para debates e discussões.
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